- Faz frio em Londres - acrescentou Vanessa. - E chove muito. Em Jaquir, o sol sempre brilha.
- Londres é uma cidade linda. - Uma das maiores habilidades de Gina sempre fora a facilidade que tinha de se situar num lugar, real ou imaginário, e vê-lo com absoluta nitidez. - Pensei que era o lugar mais lindo que já conhecera. Filmávamos lá, e as pessoas ficavam atrás das barreiras para assistir. Gritavam meu nome. Às vezes eu dava autógrafos e também posava para fotos. Foi nessa ocasião que conheci seu pai. Ele era muito bonito. E elegante.
- Elegante?
Um sorriso sonhador no rosto, Gina fechou os olhos.
- Não importa. Fiquei muito nervosa, porque ele era um rei. Havia um protocolo para lembrar e fotógrafos por toda parte. Mas depois que conversamos, nada mais tinha importância. Ele me levou para jantar e depois para dançar.
- Dançou para ele?
- Com ele. - Gina pôs Vanessa no banco, a seu lado. Ali perto, uma abelha zumbia, absorvendo néctar. O som era agradável em seus ouvidos, tornado musical pela droga. - Na Europa e na América, homens e mulheres dançam juntos.
Os olhos de Vanessa contraíram-se. - Isso é permitido?
- É sim. Uma mulher pode dançar com um homem, conversar, passear, ir ao teatro. Muitas coisas são permitidas. As pessoas saem juntas em dates.
Gina riu de novo. A filha ainda não distinguia o date que era um encontro romântico do date que significava tâmara. Sentia-se sonolenta ao sol. Podia lembrar como era dançar nos braços de Abdu Greg. Como seu rosto era forte. E como as mãos eram gentis.
- O date neste caso não significa tâmara. Acontece quando um homem convida uma mulher para sair. Vai buscá-la em casa. Às vezes, leva flores. - Rosas, lembrou Gina, sonhadora. Abdu Greg lhe enviara dúzias e mais dúzias de rosas brancas. - Podem jantar fora, ir ao teatro e cear depois. Ou podem ir dançar em alguma casa noturna superlotada.
- Dançou com meu pai porque eram casados?
- Não. Dançamos, nos apaixonamos e depois casamos. É diferente, Vanessa, muito difícil de explicar. A maior parte do mundo não é como Jaquir.
O medo insidioso, com que Vanessa convivia desde que testemunhara o estupro da mãe, aflorou-lhe agora.
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Bom esse capítulo é grande, vai ter varias partes, mas vou fazer de tudo pra ele acabar bem rápido.
beeeeijos
3 comentários:
1ª a comentar!! Yuupii.... Uau, a Vanessa não tem mesmo a mínima ideia do que é a vida lá fora... é bom que Gina lhe apresente esse mundo!
Oh... ainda bem que gostas do meu nome! *-* Eu antes não gostava muito, mas agora já me habituei e até acho muito giro!
Obrigado pela permissão de insultar levemente o pai de Vanessa! Lol
Ansiosa por próximo capitulo!
P.S-> Hoje é o dia do nosso Zac! Tão lindo!
Niver do Zac e vc escrevendo capitulos sobre Vanessa? kkkk
Bom, lindo amiga, muito mesmo, o mais incrivel é que enquanto leio consigo ver direitinho o que acontece na minha frente, parabéns, esta perfeito!
Pooosta? beeijos grandes.
kk saudade de te enche tambem novo msn Guilhermeatlas@hotmail.com ai agora sim da o outro foi raquiado bjos
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