Vanessa adorava os suques, os mercados árabes. Quando tinha oito anos, já aprendera a avaliar a diferença entre diamantes e vidro cintilante, entre rubis birmaneses e pedras de cor de qualidade inferior. Com Jiddah, sua avó, aprendeu a julgar, com a mesma eficiência de um mestre joalheiro, a lapidação, a pureza e a cor. Vagueava por horas, acompanhando Jiddah, admirando as melhores pedras que os suques tinham a oferecer.
As jóias que uma mulher podia usar eram sua segurança, comentava Jiddah. De que serviam para uma mulher barras de ouro e dinheiro guardados num banco? Diamantes, esmeraldas, safiras podiam ser pregados nas lapelas, pendurados no pescoço ou nas orelhas para que uma mulher mostrasse ao mundo o quanto valia.
Nada agradava mais a Vanessa - do que observar a avó barganhar nos mercados, enquanto o calor subia em ondas, para tornar o ar mais tremeluzente. Iam até lá, com freqüência, bandos de mulheres, vestidas de preto, como corvos, para apalpar cordões de ouro e prata, enfiar nos dedos anéis de pedras polidas ou apenas estudar o brilho das jóias através do vidro empoeirado, enquanto os cheiros de animais e condimentos pairavam no ar parado e os matawain vagueavam em suas barbas desgrenhadas, as pontas pintadas de hena, prontos para punir qualquer violação da lei religiosa. Vanessa nunca temia os matawain quando estava com Jiddah. A antiga rainha era reverenciada em Jaquir. Tivera 12 crianças. Quando faziam compras, o ar ressoava com os sons, os gritos das negociações, o zurro de um jumento, o barulho de sandálias no chão duro.
Quando o chamado para a oração soava, os suques fechavam. As mulheres esperavam, enquanto os homens baixavam o rosto para o chão. Vanessa escutava os estalidos das contas de oração, a cabeça inclinada, como as outras mulheres. Ainda não usava véu, mas já não era mais uma criança. Naqueles últimos dias do verão mediterrâneo, ela esperava, suspensa à beira da mudança.
O mesmo acontecia com Jaquir. Embora o país lutasse contra a pobreza, a Casa de Jaquir era rica. Como a primeira filha do rei, tinha direito a símbolos e sinais de sua posição. Mas o coração de Abdu Greg nunca se abrira para ela.
A segunda esposa lhe dera duas filhas, depois de Fahid. Circulara no harém o rumor de que Abdu Greg tivera um acesso de raiva depois da segunda menina e quase se divorciara de Leiha. Mas o príncipe herdeiro era forte e bonito. Havia a especulação de que Leiha estava grávida de novo. Para garantir sua linhagem, Abdu Greg tomou uma terceira esposa, que logo engravidou.
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Dependendo do tanto de coments, amanha tem post.
bom como fiquei o final de semana sem internet, é q minha internet é via antena (meu passado me condena, maldita seja essa antena), aii a porra da antena ta com problemas e ultimamente essa porra está me deixando muuuito sem internet, vou ter q trocar um fio ai, caso eu suma é por causa disso, mas enfim como fiquei o final de semana sem internet vou me atualizar nos blogs de vcs agora.
E tentar voltar a ler uns blogs q eu abandonei ;((, se eu nao estou comentando no seu blog me avise, darei um jeito de me atualizar ;D.
beeeijos ;*