segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Capitulo 4 – Parte 1

Vanessa adorava os suques, os mercados árabes. Quando tinha oito anos, já aprendera a avaliar a diferença entre diamantes e vidro cintilante, entre rubis birmaneses e pedras de cor de qualidade inferior. Com Jiddah, sua avó, aprendeu a julgar, com a mesma eficiência de um mestre joalheiro, a lapida­ção, a pureza e a cor. Vagueava por horas, acompanhando Jiddah, admirando as melhores pedras que os suques tinham a oferecer.

As jóias que uma mulher podia usar eram sua segurança, comentava Jiddah. De que serviam para uma mulher barras de ouro e dinheiro guardados num banco? Diamantes, esmeraldas, safiras podiam ser pregados nas lapelas, pendurados no pescoço ou nas orelhas para que uma mulher mostrasse ao mundo o quanto valia.

Nada agradava mais a Vanessa - do que observar a avó barga­nhar nos mercados, enquanto o calor subia em ondas, para tornar o ar mais tremeluzente. Iam até lá, com freqüência, bandos de mu­lheres, vestidas de preto, como corvos, para apalpar cordões de ouro e prata, enfiar nos dedos anéis de pedras polidas ou apenas estudar o brilho das jóias através do vidro empoeirado, enquanto os cheiros de animais e condimentos pairavam no ar parado e os matawain vagueavam em suas barbas desgrenhadas, as pontas pintadas de hena, prontos para punir qualquer violação da lei religiosa. Vanessa nunca temia os matawain quando estava com Jiddah. A antiga rainha era reverenciada em Jaquir. Tivera 12 crianças. Quando faziam compras, o ar ressoava com os sons, os gritos das negociações, o zurro de um jumento, o barulho de sandálias no chão duro.

Quando o chamado para a oração soava, os suques fechavam. As mulheres esperavam, enquanto os homens baixavam o rosto para o chão. Vanessa escutava os estalidos das contas de oração, a cabeça inclinada, como as outras mulheres. Ainda não usava véu, mas já não era mais uma criança. Naqueles últimos dias do verão mediterrâneo, ela esperava, suspensa à beira da mudança.

O mesmo acontecia com Jaquir. Embora o país lutasse contra a pobreza, a Casa de Jaquir era rica. Como a primeira filha do rei, tinha direito a símbolos e sinais de sua posição. Mas o coração de Abdu Greg nunca se abrira para ela.

A segunda esposa lhe dera duas filhas, depois de Fahid. Circulara no harém o rumor de que Abdu Greg tivera um acesso de raiva depois da segunda menina e quase se divorciara de Leiha. Mas o príncipe herdeiro era forte e bonito. Havia a especulação de que Leiha estava grávida de novo. Para garantir sua linhagem, Abdu Greg tomou uma terceira esposa, que logo engravidou. 

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Dependendo do tanto de coments, amanha tem post.
bom como fiquei o final de semana sem internet, é q minha internet é via antena (meu passado me condena, maldita seja essa antena), aii a porra da antena ta com problemas e ultimamente essa porra está me deixando muuuito sem internet, vou ter q trocar um fio ai, caso eu suma é por causa disso, mas enfim como fiquei o final de semana sem internet vou me atualizar nos blogs de vcs agora.
E tentar voltar a ler uns blogs q eu abandonei ;((, se eu nao estou comentando no seu blog me avise, darei um jeito de me atualizar ;D.

beeeijos ;*

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Capitulo 3 – Parte 5

- Seria maravilhoso. - Starla resistiu ao impulso de acariciar os cabelos do filho, sabendo que isso o deixaria embaraçado. - ­Grace Kelly trabalha no filme. Imagine, uma princesa da vida real. Pensei a respeito esta manhã, quando abri uma revista, e deparei com uma reportagem sobre Gina Hudgens.

- Quem?

- Oh, Zachary ... - Starla estalou a língua e abriu a revista na página da reportagem. –Gina Hudgens, a mulher mais linda do mundo.

- Minha mãe é a mulher mais linda do mundo.

Zachary fez a declaração porque sabia que isso a faria rir e corar.

 - Você tem mesmo um jeito todo especial! - Starla riu, uma risada vigorosa, como ele adorava ouvir. - Mas olhe só para ela. Era uma atriz, uma atriz maravilhosa. Casou com um rei. Agora, vive com o homem de seus sonhos num palácio fabuloso em Jaquir. Parece um filme. E esta é a filha do casal. A princesa. Não tem cin­co anos, mas já possui uma beleza extraordinária ... não acha?

Zachary lançou um olhar desinteressado para a foto.

- É apenas uma criança.

- Mas tem alguma coisa estranha nela. A pobre menina tem os olhos mais tristes que já vi.

- Esta inventando uma história de novo, mamãe.

Zachary enfiou a mão no bolso, apertando o pequeno saco de couro. Deixaria a mãe com suas fantasias, os sonhos de Hollywood, realeza e limusines brancas. Mas ainda daria um jeito para que ela andasse num carro assim. Mais do que isso, compraria uma limusine a mãe. Agora, ela só podia ler sobre rainhas, mas algum dia viveria como uma rainha.

- Tenho de ir agora.

- Divirta-se, querido.

Starla estava absorvida de novo na revista. Uma linda menina, pensou ela de novo, sentindo um anseio maternal.

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Tava relendo os caps aqui, perceberam q o Zac já fazia fama desde adolescente? putz meu, a mulher lá com 25 anos dando em cima de um guri de 13, PEDOFELIA É CRIME PORRA UHASUHUASUAU

beeeeijos ;*

Capitulo 3 – Parte 4

- Ainda tenho algum dinheiro.

- Está bem. Não deixe de verificar se a galinha é fresca.

Ela estendeu quatro ingressos para uma mulher aflita, acompanhada por dois garotos brigando e uma menina com lágrimas nos olhos, enormes.

A sessão começaria dentro de cinco minutos. Starla teria de permanecer na bilheteria por mais 20, para o caso de aparecer algum retardatário.

- E não deixe de tirar o dinheiro da galinha da lata da despesa quando chegar em casa.
Ela já sabia que o filho não faria isso. Ao contrário, Zachary sem­pre punha dinheiro em vez de tirar.

- Mas você não deveria estar na escola?

- Hoje é sábado, mãe.

- Sábado? Ah, sim, hoje é sábado ... - Com um esforço para não suspirar, Starla esticou as costas. Pegou uma revista lustrosa, já muito folheada. - O Sr. Faraday vai apresentar um festival de Cary Grant no próximo mês. Até me pediu para ajudá-lo a escolher os filmes.

- Isso é ótimo.

O pequeno saco de couro começava a pesar no bolso de Zachary, que ansiava em sair dali.

- Vamos começar pelo meu filme predileto, Ladrão de Casaca I (To Catch a Thief). Tenho certeza de que você vai adorar.

- É possível.

Zachary estudou atentamente os olhos inocentes da mãe. Costumava especular sobre o quanto ela sabia. A mãe nunca perguntava, jamais questionava os pequenos extras que ele levava para casa. Starla não era uma idiota, mas apenas uma otimista. Ele tornou a beijá-la no rosto e acrescentou:

- Por que não a levo para assistir ao filme em sua noite de folga? 

sábado, 18 de setembro de 2010

Capitulo 3 – Parte 3

Zachary sempre esperava que outro homem entrasse na vida de sua mãe e a mudasse por completo. Ele correu os olhos pela peque­na bilheteria, que tinha um cheiro permanente dos vapores de des­carga de carros na rua. Trataria de mudar tudo primeiro.

- Devia dizer a Faraday para pôr algo melhor do que aquele velho aquecedor aqui, mamãe.

- Não se preocupe com essas coisas, Zac.

Starla contou o troco para duas adolescentes risonhas, que ten­tavam desesperadamente flertar com seu filho. Empurrou as moe­das pela calha, enquanto reprimia uma risada. Não podia culpá-las pela atitude. Afinal, já surpreendera até a sobrinha da vizinha - que tinha 25 anos, nem menos um dia - procurando atrair Zac. Sem­pre lhe oferecia um chá. Pedia-lhe para consertar a porta que rangia. Já era demais. Starla bateu com o troco na calha, com força suficien­te para arrancar um grunhido de uma babá de rosto redondo.

Pois acabaria com aquilo imediatamente. Sabia que Zac a dei­xaria um dia, e seria por causa de outra mulher. Mas não por uma vaca de seios enormes, pelo menos uma dúzia de anos mais velha. Não enquanto Starla Efron fosse viva.

- Algum problema, mamãe?

- Como? - Ela recuperou o controle, quase corando. ­– Não querido, nenhum problema. Não gostaria de entrar para assistir o filme? O Sr. Faraday não se importaria.

Desde que ele não me veja, pensou Zachary, com um sorriso. Agradecia a Deus por ter eliminado Faraday de sua lista de possíveis pais há muito tempo.

- Não, obrigado. Só passei para avisar que tenho alguns serviços para fazer. Quer que eu compre alguma coisa no mercado?

- Uma galinha seria ótimo.

Starla soprou as mãos, distraída, enquanto se recostava. Fazia frio na bilheteria, e seria ainda pior à medida que o inverno avançasse. No verão, era como um daqueles banhos turcos sobre os quais lera. Mas era um emprego. Quando uma mulher tinha um filho para criar e não muita instrução, tinha de aceitar o que apare­cia. Ela fez menção de estender a mão para a imitação de bolsa de couro. Nunca lhe passaria pela cabeça pegar uma ou duas notas de libra do caixa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capitulo 3 – Parte 2

Tinha no bolso uma pulseira de pérolas e diamantes, com brin­cos combinando. Ficara um pouco desapontado ao examiná-los com sua lupa. Os diamantes não eram de primeira categoria, e o maior deles tinha menos de meio quilate. Mas as pérolas tinham um brilho e ele achava que seu receptador na Broad Street lhe daria um bom dinheiro pelas jóias. Zachary era tão eficiente nas negociações quanto era na arte de abrir fechaduras. Sabia exatamente quanto queria pelas jóias em seu bolso. O suficiente para comprar um casaco novo para a mãe, com uma gola de pele, como presente de Natal, e ainda dispor de uma quantia razoável para guardar no que chamava de seu fundo do futuro.

Havia  uma fila suntuosa na frente da bilheteria no Faraday's. A marquise anunciava o programa especial de feriado, Cinderela, de Walt Disney. Por isso, havia muitas crianças no maior excitamento, as vozes estridentes, acompanhadas por babás e mães exaustas. Zachary sorriu ao passar pela porta. Podia apostar que a mãe já assisti­ra ao filme pelo menos uma dúzia de vezes. Nada deixava sua mãe mais satisfeita do que um final de "felizes para sempre".
- Oi, mamãe.
Ele entrou pelo fundo da bilheteria para beijá-la no rosto. Ali dentro não estava muito mais quente do que ao vento frio lá fora. Zachary pensou no casaco vermelho de lã que vira na vitrine da Harrods. A mãe ficaria linda de vermelho. 

- Oi, Zac.

Como sempre, o prazer iluminou os olhos de Starla ao vê-lo. Um menino muito bonito, com o rosto estreito, a expressão de anjo, os cabelos dourados. Ela não sentiu uma pontada de angustia, como poderia acontecer com muitas mulheres ao ver o homem que amara com tanta intensidade - e por tão pouco tempo- refletido no rosto do filho. Zachary era seu. Todo seu. Nunca lhe dera muito trabalho, nem mesmo quando era bebê. Nem uma única vez ela se arrependera de sua decisão de tê-lo, embora sozinha, sem marido, sem apoio da família. Na verdade, nunca ocorrera a Starla procurar uma dessas salas pequenas, clandestinas, onde uma mulher podia se livrar de um problema antes mesmo que surgisse.

Zachary fora uma alegria para ela, desde o momento da concep­ção. Se tinha um arrependimento, era o de saber que ele se ressentia do pai que jamais conhecera e que procurava no rosto de cada homem que via.
- Suas mãos estão geladas, mamãe. Deveria usar luvas. 

- Não posso dar o troco direito com luvas.

Starla sorriu para a jovem que tinha um menino no cangote.Nunca tivera de carregar seu Zac dessa maneira.

- Aqui está o troco, minha cara. Divirta-se.

A mãe trabalhava demais, pensou Zachary. Por muito tempo, por pouco dinheiro. Embora fosse reservada em relação à idade, ele sabia que Starla mal completara os 30 anos. E era muito bonita.
A aparência suave e jovem da mãe era uma fonte de orgulho para Zachary. Ela podia não ter condições de se vestir com as roupas de Mary Quant, mas escolhia o pouco que tinha com cuidado e aten­ção para as cores ousadas. Adorava revistas de moda e de cinema, apreciava os novos penteados. Podia cerzir suas meias, mas Starla Efron não era desmazelada e gostava de andar na moda. 

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Ah hj resolvi responder vcs.

~~> Respondendo:

Tiz: Ah vida do Zac é fodaaa. bjs ;*

Taina: É a vida dele é muuuito legal mesmo HUASUHSAUHA. Desde quando roubar é legal? tbm nao sei UHASUHASUHAS. Bom é eu tbm *-*.

Anônimo: Bom, eles se encontraram beeeem mais pra frente, mas se vcs prestarem muuita atenção nas datas, e nas falas, vcs vão descobrir muitas coisas, e a história nao ficara entediante ;), beijooos. 

Taalvez mais tarde posto outro, beeeeeeijos .

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Capitulo 3 – Parte 1

Quando estava prestes a completar 13 anos, Zachary Efron já era um ladrão consumado. Aos dez anos, já graduara em esvaziar os bolsos recheados de prósperos executivos, corretores e advogados e em bater as carteiras de turistas descuidados que esbarrava na Trafalgar Square. Era um arrombador de casas apartamentos, embora quem o visse não pudesse imaginar que fosse algo mais além de um menino bonito, bem-arrumado, um pouco magro.

Tinha mãos hábeis, olhos perceptivos e o instinto nato de um ladrão. Com astúcia, trapaça e punhos fortes, evitou ser atraído para qualquer uma das gangues de rua que vagueavam por Londres durante os últimos dias dos anos 90. Também não sentiu o impulso de distribuir flores e usar colares de contas. Aos 14 anos, Zachary não era moderninho nem roqueiro. Trabalhava sozinho agora, e não via o menor sentido em usar um emblema de fidelidade. Era um ladrão, não um arruaceiro. Sentia apenas desprezo pelos delinqüentes que aterrorizavam as velhinhas e roubavam seu dinheiro para as compras no mercado. Era um homem de negócios e achava graça das pessoas de sua geração que falavam em vida comunitária ou tocavam guitarras de segunda mão enquanto povoavam a cabeça com sonhos de grandeza.

Tinha outros planos para si mesmo... grandes planos.

E a mãe estava no centro desses planos. Tencionava abandona. a existência da mão à boca. Sonhava com uma casa grande no cam­po, um carro de luxo, roupas elegantes e festas. Ao longo do último ano, começara a fantasiar também sobre mulheres elegantes. Por enquanto, porém, a única mulher em sua vida era Starla Efron, a mulher que o gerara e criara sozinha. Mais do que qual­quer outra coisa, ele queria proporcionar à mãe o melhor que a vida tinha a oferecer, trocar as jóias de fantasia reluzentes que ela usava por verdadeiras, tirá-la do pequeno apartamento à beira do que estava se tornando rapidamente o elegante distrito de Chelsea.

Fazia frio em Londres. O vento soprava a neve úmida no rosto de Zachary, enquanto ele seguia apressado para o Faraday's Cinema, onde Starla trabalhava. Zachary vestia-se bem. Um guarda na esquina quase nunca olhava duas vezes para um garoto bem-vestido, com a gola limpa. De qualquer forma, detestava calças remendadas e punhos puídos. Ambicioso, auto-suficiente e sempre com um olho no futuro, Zachary descobrira uma maneira de ter o que queria.

Nascera pobre e órfão de pai. Aos 14 anos, não era bastante maduro para pensar nisso como uma vantagem, uma determinação que fortalecia a disposição. Ressentia-se da pobreza... mas se ressen­tia ainda mais do que era capaz de expressar do homem que entrara e saíra da vida de sua mãe, depois de gerá-lo. Para ele, Starla merecia o melhor. E, por Deus, ele também! Desde cedo, começara a usar os dedos ágeis e a inteligência para providenciar que ambos tivessem algo melhor.

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Eiin, o Zac apareceeeeu ;DD, isso é bom, ceeerto? agora vcs já sabem muuuito sobre ele ;)
Então gostaram da vida dele?

beeeijos ;*


Capitulo 2 – Parte 8

Queria um drinque, não o café e o chá que sempre eram servidos, mas um vinho. Apenas um copo de vinho gelado. Mas nenhum vinho era permitido em Jaquir, enquanto o estupro sim, pensou ela, ao encostar um dedo no rosto dolorido. Surras e véus, chamadas para a oração e poligamia, mas não uma gota de Chabli, ou um cálice de Sancerre.

Como pudera achar o país lindo quando o vira pela primeira vez, como noiva? Contemplara o deserto, o mar, os muros altos brancos do palácio e achara que era o lugar mais misterioso e exótico do mundo.

Mas estava apaixonada naquele tempo. E que Deus a ajudasse, pois continuava apaixonada.
Naqueles primeiros dias, Abdu fizera-a perceber a beleza de seu país e a riqueza de sua cultura. Phoebe renunciara a seu país, aos costumes em que fora criada,  para tentar ser o que ele queria. E o que ele queria, logo ficou patente, era a mulher que vira na tela, o símbolo de sexo e inocência que ela aprendera a representar. Só que Phoebe era muito humana.

Abdu desejara um filho. Ela lhe dera uma filha. Queria que a esposa se tornasse uma criança de Alá, mas ela era e sempre seria o produto de sua criação.

Gina não queria pensar a respeito, no marido, em sua vida, em seu sofrimento. Precisava escapar por algum tempo. Tomaria apenas mais uma pílula, disse a si mesma, para ajudá-la a agüentar o resto do dia.

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Saiu pequeno, agorinha eu posto mais, estou adaptando agora ;)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Capitulo 2 – Parte 7

- Seu vestido é bonito.

- Eu sei.

Mas Vanessa não pôde resistir à tentação de passar a mão pela manga do vestido da prima.

- É de veludo - declarou Duja Ashley, com ar de importância.

O fato de o tecido grosso ser insuportavelmente quente não era nada em comparação com a imagem que ela via no espelho.

- Meu pai comprou para mim em Paris. - Ela deu uma volta completa; era uma menina esguia, loira, com o rosto fino e olhos grandes. - Ele prometeu que vai me levar na próxima viagem.    
      
 - É mesmo – Vanessa tratou de reprimir a inveja que a dominou. Não era segredo para ninguém que Duja Ashley era a predileta do pai, o irmão do rei. - Minha mãe já esteve lá.
Porque tinha um coração generoso e sentia-se feliz com o vestido de veludo, Duja Ashley afagou os cabelos de Vanessa.

- Você também irá um dia. Talvez possamos viajar juntas quando crescermos.

Vanessa sentiu um puxão na saia. Baixou os olhos e viu o meio-irmão. Fahid. Pegou-o no colo, para beijar todo seu rosto, o que fazia cair na gargalhada.

- Você é o menino mais bonito de Jaquir!

Ele era pesado, embora fosse dois anos mais moço. Vanessa teve de fazer força para agüentar o peso. Cambaleou um pouco, enquanto levava até a mesa, para pegar um doce.
Outros meninos também eram beijados e acariciados. Meninas da idade de Vanessa e até menores sempre mimavam os meninos. Desde o nascimento, as mulheres eram ensinadas que deveriam devotar todo tempo e energia para agradar os homens. Vanessa sabia apenas que adorava o irmão menor, e queria sempre fazê-lo sorrir.

O que Gina não podia suportar. Ficou observando enquanto Vanessa servia o filho da mulher que tomara seu lugar na cama e no coração do marido. Que diferença fazia se a lei ali dizia que um homem podia ter quatro esposas? Não era sua lei, não era seu mundo. Vivia em Jaquir há seis anos, e poderia continuar a viver por mais de 60, mas nunca seria seu mundo. Detestava os cheiros ali, densos, enjoativos, que tinham de ser tolerados, enquanto um dia apático sucedia outro. Gina passou a mão pela têmpora, onde uma dor começava a fazê-la latejar. O incenso, as flores, as camadas de perfume sobre perfume.
Ela detestava o calor, o calor sufocante e implacável.

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Woooooow não demorei dessa vez a postar, Milagreeeeeee!
HUSAUHUHSASA, bom mesmo q vcs se contentem com a vidinha da Mini Vanessa HASUHAUHAS ;DD

beijos ;*

domingo, 5 de setembro de 2010

Parabéns Zanessa ;DD



DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS NOOSSO CASAL FAVORITO ESTÁ FAZENDO 5 ANOS? MAS COOOOOOOOOOOMO? O tempo passa muuito rápido *-*

Há cinco anos atrás foi quando tudo começou, a 5 anos atrás começou um amor verdadeiro, diferente de muitos outros, esse não era aqueles namoros de modinha.

Dia 1 de Setembro, um dia qualquer pra muitos, mas pra nós não, nós fãns sabemos o significado desse dia,  esse dia é especial, o dia q comemoramos 5 ANOS DE ZANESSA *--*
Quem diria q eles chegariam a isso, depois de tudo q enfrentaram juntos, eles ainda estão ai, firme e fortes, e com muito amor pra dá.

Ambos nos ensinaram q devemos seguir em frente e nunca olhar pra trás, foi com eles q aprendi q devemos seguir os nossos sonhos, independente do q seja, o q importa é ser feliz, e foi com eles q aprendi q o verdadeiro amor existe, SIM ELE EXISTE.

Espero muuuito q essa data se repita por longos e longos anos!

PARABÉNS ZANESSA, tudo de bom, espero q vcs tenham aproveitado esse dia tão especial.

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PS: como disse estava sem internet, então resolvi fazer agora.

beeeeeeeeeeeeeeijos e muuuito Zanessa pra vcs ;D

Capitulo 2 – Parte 6

Junto com os véus, as mulheres também descartavam seu silêncio. Passaram a conversar sobre crianças, sexo, moda e fertilidade. Em poucos minutos, o harém, com os lampiões suaves e almofadas macias, era preenchido pelo incenso e o perfume forte das mulheres.

Por causa de sua posição, Vanessa recebia as convidadas com um beijo em cada face. O chá verde e o café temperado eram servidos em  pequenas e frágeis, sem alça. Havia tias e primas, uma vintena de princesas menores, que exibiam com igual orgulho, como mulheres, suas jóias e suas crianças, os dois grandes símbolo do sucesso em seu mundo.

Vanessa achava-as lindas em seus vestidos compridos, farfalhando a todo instante, cor competindo com cor. Por trás dela, Gina usou que era um desfile de moda apropriado ao século XVII. Aceitou os olhares compadecidos lançados em sua direção com a mesma expressão estóica com que recebia os olhares presunçoso. Sabia muito bem que era a intrusa ali, a mulher do Ocidente que não fora capaz de dar um herdeiro a seu rei. Não tinha importância, disse ela a si mesma, se a aceitavam ou não. Desde que fossem gentis com Vanessa.
Nesse ponto, é verdade, não podia encontrar qualquer senão. Vanessa era uma delas, como a mãe nunca poderia ser.

Todas se lançaram famintas sobre o bufê, provando de tudo. Usavam os dedos com a mesma freqüência das colheres de prata. Se ficavam gordas demais para seus vestidos, compravam outros. Era fazer compras, pensou Gina, que fazia as mulheres árabes agüentarem seu dia, assim como era a pílula rosa que a ajudava a suportar aquela vida. Nenhum homem que não fosse marido, pai ou irmão poderia vê-las naquelas roupas. Quando deixavam o harém, tornavam a vestir o manto preto, cobriam o rosto com o véu, escondiam os cabelos. Fora daquelas paredes eram aurat, coisas que não podem ser mostradas.

E que jogos elas faziam!, pensou Gina, cansada. Com sua hena, perfumes e anéis nos dedos. Podiam pensar que eram felizes", quando até mesmo ela, que não mais se importava, percebia o tédio em seus rostos. Ela pediu a Deus que Vanessa nunca exibisse aquela expressão.

Mesmo aos cinco anos de idade, Vanessa já tinha equilíbrio suficiente para cuidar que as convidadas se divertissem. Falava em árabe agora, a voz suave e musical. Vanessa nunca fora capaz de dizer à mãe que falava o árabe com mais facilidade do que o inglês. Pensava em árabe, até mesmo sentia em árabe. Muitas vezes, pensamentos e emoções tinham de ser traduzidos para o inglês antes que pudesse comunicá-los à mãe.

Sentia-se feliz ali, naquela sala, povoada por vozes femininas, por perfumes de mulher. O mundo de que sua mãe falava, de vez em quando, não passava de um conto de fadas para ela. A neve era apenas uma coisa que flutuava dentro de uma bola de vidro.

-Duja Ashley!

Vanessa correu pela sala para beijar as faces de sua prima predileta. Duja Ashley tinha quase dez anos. Para inveja e admiração de Vanessa, já era quase uma mulher. Duja Ashley retribuiu o abraço.

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Ainda vai demorar um pouco pro Zac e a Vanessa se encontrarem ;((, maaas enquanto isso não acontece, vcs vão conhecendo a vida da Vanessa e da mãe dela em Jaquir...
Maaas achoo q de vez em quando o Zac vai aparecer, não lembro muito bem, pq eu não terminei a adaptação do livro, então, acho q sim...

beeeeeeeeijos..  

Capítulo 2: Parte 5

Um círculo vicioso. Vanessa era a única coisa que a segurava.


- Aqui está.

Gina ajoelhou-se ao lado da cadeira. A filha usava um colar de safiras e brincos de brilhantes. Gina torceu para que o pequeno presente significasse muito mais para a filha.

- Pode abrir os olhos.

Era uma coisa simples, de uma simplicidade quase ridícula. Podia-se comprar por uns poucos dólares em milhares de lojas nos Estados Unidos, durante as férias. Vanessa arregalou os olhos, como se tivesse um objeto mágico nas mãos.

- É neve. - Gina virou a bola, fazendo os flocos flutuarem. - Na América, neva no inverno. Isto é, na maioria dos lugares. Na época do Natal, enfeitamos as árvores com luzes e bolas coloridas. Pinheiros, como o que você vê aqui. Eu andava com meu avô num trenó como este.

A cabeça encostada na filha, ela olhou para o cavalo e trenó em miniatura dentro da bola de vidro.

- Um dia, Nessa, vou levá-la até lá.

- Isso dói?

-A neve?

Gina soltou uma risada. Sacudiu a bola. A cena tornou a se agitar, com a neve turbilhonando em torno do pinheiro ornamentado e do homenzinho no trenó vermelho, por trás do cavalo castanho. Era uma ilusão. Só lhe restavam suas ilusões e uma menina pequena para proteger.

- Não, querida. É fria e úmida. E você pode construir coisas com a neve. Bonecos, bolas, fortes. Fica linda nas árvores. Está vendo? Como aqui.
A própria Vanessa inclinou a bola.

- É mais bonita do que meu vestido novo. Quero mostrar a Duja Ashley.

- Não. - Gina sabia o que aconteceria se Abdu Greg descobris-se. A bola era um símbolo de um dia sagrado cristão. Desde o nascimento de Vanessa que ele se tornara um fanático em relação à religião e à tradição. - É nosso segredo, lembra? Quando estivermos sozinhas, você pode olhar à vontade. Mas nunca quando houver outra pessoa presente.

Ela pegou a bola e escondeu-a na gaveta.

- Agora está na hora de nos aprontarmos para a festa.

Fazia calor no harém, embora os ventiladores girassem e as treliças estivessem fechadas contra a força do sol. A claridade que saía dos lampiões de copas filigranadas era suave e lisonjeira. As mulheres haviam vestidos suas melhores roupas. Deixavam os véus e abaayas pretos na porta, passando de corvos para pavões num piscar de olho.

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Meninaaaaas, desculpem me a demora, fiquei uma semana sumiiidaaaaa!
Mas é q eu estava sem internet, e ontem quando os meus pais resolveram colocar de novo, eu tive q sair, passei a tarde toda fora, só fui chegar de madrugada, é q eu estava em uma feeesta *-*, eeeeeenfim, capítulo ai em cima, vou postar mais um!