domingo, 5 de setembro de 2010

Capítulo 2: Parte 5

Um círculo vicioso. Vanessa era a única coisa que a segurava.


- Aqui está.

Gina ajoelhou-se ao lado da cadeira. A filha usava um colar de safiras e brincos de brilhantes. Gina torceu para que o pequeno presente significasse muito mais para a filha.

- Pode abrir os olhos.

Era uma coisa simples, de uma simplicidade quase ridícula. Podia-se comprar por uns poucos dólares em milhares de lojas nos Estados Unidos, durante as férias. Vanessa arregalou os olhos, como se tivesse um objeto mágico nas mãos.

- É neve. - Gina virou a bola, fazendo os flocos flutuarem. - Na América, neva no inverno. Isto é, na maioria dos lugares. Na época do Natal, enfeitamos as árvores com luzes e bolas coloridas. Pinheiros, como o que você vê aqui. Eu andava com meu avô num trenó como este.

A cabeça encostada na filha, ela olhou para o cavalo e trenó em miniatura dentro da bola de vidro.

- Um dia, Nessa, vou levá-la até lá.

- Isso dói?

-A neve?

Gina soltou uma risada. Sacudiu a bola. A cena tornou a se agitar, com a neve turbilhonando em torno do pinheiro ornamentado e do homenzinho no trenó vermelho, por trás do cavalo castanho. Era uma ilusão. Só lhe restavam suas ilusões e uma menina pequena para proteger.

- Não, querida. É fria e úmida. E você pode construir coisas com a neve. Bonecos, bolas, fortes. Fica linda nas árvores. Está vendo? Como aqui.
A própria Vanessa inclinou a bola.

- É mais bonita do que meu vestido novo. Quero mostrar a Duja Ashley.

- Não. - Gina sabia o que aconteceria se Abdu Greg descobris-se. A bola era um símbolo de um dia sagrado cristão. Desde o nascimento de Vanessa que ele se tornara um fanático em relação à religião e à tradição. - É nosso segredo, lembra? Quando estivermos sozinhas, você pode olhar à vontade. Mas nunca quando houver outra pessoa presente.

Ela pegou a bola e escondeu-a na gaveta.

- Agora está na hora de nos aprontarmos para a festa.

Fazia calor no harém, embora os ventiladores girassem e as treliças estivessem fechadas contra a força do sol. A claridade que saía dos lampiões de copas filigranadas era suave e lisonjeira. As mulheres haviam vestidos suas melhores roupas. Deixavam os véus e abaayas pretos na porta, passando de corvos para pavões num piscar de olho.

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Meninaaaaas, desculpem me a demora, fiquei uma semana sumiiidaaaaa!
Mas é q eu estava sem internet, e ontem quando os meus pais resolveram colocar de novo, eu tive q sair, passei a tarde toda fora, só fui chegar de madrugada, é q eu estava em uma feeesta *-*, eeeeeenfim, capítulo ai em cima, vou postar mais um!  

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