segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capitulo 3 – Parte 2

Tinha no bolso uma pulseira de pérolas e diamantes, com brin­cos combinando. Ficara um pouco desapontado ao examiná-los com sua lupa. Os diamantes não eram de primeira categoria, e o maior deles tinha menos de meio quilate. Mas as pérolas tinham um brilho e ele achava que seu receptador na Broad Street lhe daria um bom dinheiro pelas jóias. Zachary era tão eficiente nas negociações quanto era na arte de abrir fechaduras. Sabia exatamente quanto queria pelas jóias em seu bolso. O suficiente para comprar um casaco novo para a mãe, com uma gola de pele, como presente de Natal, e ainda dispor de uma quantia razoável para guardar no que chamava de seu fundo do futuro.

Havia  uma fila suntuosa na frente da bilheteria no Faraday's. A marquise anunciava o programa especial de feriado, Cinderela, de Walt Disney. Por isso, havia muitas crianças no maior excitamento, as vozes estridentes, acompanhadas por babás e mães exaustas. Zachary sorriu ao passar pela porta. Podia apostar que a mãe já assisti­ra ao filme pelo menos uma dúzia de vezes. Nada deixava sua mãe mais satisfeita do que um final de "felizes para sempre".
- Oi, mamãe.
Ele entrou pelo fundo da bilheteria para beijá-la no rosto. Ali dentro não estava muito mais quente do que ao vento frio lá fora. Zachary pensou no casaco vermelho de lã que vira na vitrine da Harrods. A mãe ficaria linda de vermelho. 

- Oi, Zac.

Como sempre, o prazer iluminou os olhos de Starla ao vê-lo. Um menino muito bonito, com o rosto estreito, a expressão de anjo, os cabelos dourados. Ela não sentiu uma pontada de angustia, como poderia acontecer com muitas mulheres ao ver o homem que amara com tanta intensidade - e por tão pouco tempo- refletido no rosto do filho. Zachary era seu. Todo seu. Nunca lhe dera muito trabalho, nem mesmo quando era bebê. Nem uma única vez ela se arrependera de sua decisão de tê-lo, embora sozinha, sem marido, sem apoio da família. Na verdade, nunca ocorrera a Starla procurar uma dessas salas pequenas, clandestinas, onde uma mulher podia se livrar de um problema antes mesmo que surgisse.

Zachary fora uma alegria para ela, desde o momento da concep­ção. Se tinha um arrependimento, era o de saber que ele se ressentia do pai que jamais conhecera e que procurava no rosto de cada homem que via.
- Suas mãos estão geladas, mamãe. Deveria usar luvas. 

- Não posso dar o troco direito com luvas.

Starla sorriu para a jovem que tinha um menino no cangote.Nunca tivera de carregar seu Zac dessa maneira.

- Aqui está o troco, minha cara. Divirta-se.

A mãe trabalhava demais, pensou Zachary. Por muito tempo, por pouco dinheiro. Embora fosse reservada em relação à idade, ele sabia que Starla mal completara os 30 anos. E era muito bonita.
A aparência suave e jovem da mãe era uma fonte de orgulho para Zachary. Ela podia não ter condições de se vestir com as roupas de Mary Quant, mas escolhia o pouco que tinha com cuidado e aten­ção para as cores ousadas. Adorava revistas de moda e de cinema, apreciava os novos penteados. Podia cerzir suas meias, mas Starla Efron não era desmazelada e gostava de andar na moda. 

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Ah hj resolvi responder vcs.

~~> Respondendo:

Tiz: Ah vida do Zac é fodaaa. bjs ;*

Taina: É a vida dele é muuuito legal mesmo HUASUHSAUHA. Desde quando roubar é legal? tbm nao sei UHASUHASUHAS. Bom é eu tbm *-*.

Anônimo: Bom, eles se encontraram beeeem mais pra frente, mas se vcs prestarem muuita atenção nas datas, e nas falas, vcs vão descobrir muitas coisas, e a história nao ficara entediante ;), beijooos. 

Taalvez mais tarde posto outro, beeeeeeijos .

Um comentário:

Tainá disse...

eu adorei o capitulo ...
eér boa pergunta, eu não desde quando roubar e legal =\ SASUHAU
estou adorando a fic *-*
posta mais =D
bgs;