sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Capitulo 2 – Parte 8

Queria um drinque, não o café e o chá que sempre eram servidos, mas um vinho. Apenas um copo de vinho gelado. Mas nenhum vinho era permitido em Jaquir, enquanto o estupro sim, pensou ela, ao encostar um dedo no rosto dolorido. Surras e véus, chamadas para a oração e poligamia, mas não uma gota de Chabli, ou um cálice de Sancerre.

Como pudera achar o país lindo quando o vira pela primeira vez, como noiva? Contemplara o deserto, o mar, os muros altos brancos do palácio e achara que era o lugar mais misterioso e exótico do mundo.

Mas estava apaixonada naquele tempo. E que Deus a ajudasse, pois continuava apaixonada.
Naqueles primeiros dias, Abdu fizera-a perceber a beleza de seu país e a riqueza de sua cultura. Phoebe renunciara a seu país, aos costumes em que fora criada,  para tentar ser o que ele queria. E o que ele queria, logo ficou patente, era a mulher que vira na tela, o símbolo de sexo e inocência que ela aprendera a representar. Só que Phoebe era muito humana.

Abdu desejara um filho. Ela lhe dera uma filha. Queria que a esposa se tornasse uma criança de Alá, mas ela era e sempre seria o produto de sua criação.

Gina não queria pensar a respeito, no marido, em sua vida, em seu sofrimento. Precisava escapar por algum tempo. Tomaria apenas mais uma pílula, disse a si mesma, para ajudá-la a agüentar o resto do dia.

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Saiu pequeno, agorinha eu posto mais, estou adaptando agora ;)

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