Havia muita coisa em jogo nos próximos momentos, mas Zachary levara a maior parte da vida com seu futuro em jogo, até seu pescoço, tudo na dependência de uns poucos minutos. Fora um ladrão - e dos melhores - levando o Capitão Stuart Spencer e outros homens como ele a procurá-lo por becos sem saída de Londres a Paris, de Paris a Marrocos, de Marrocos a qualquer lugar em que o próximo grande prêmio esperasse. Depois, dera uma meia-volta e passara a trabalhar para Spencer e a Interpol, não mais contra.
Fora uma decisão profissional, lembrou Zachary a si mesmo. Apenas
uma questão de calcular os custos e benefícios. Mas o que estava prestes a propor era pessoal.
- Digamos, em termos hipotéticos, que eu conheço um ladrão muito
hábil, que há dez anos vem conseguindo se esquivar da Interpol. Agora, essa pessoa decidiu deixar o serviço ativo e oferece seus conhecimentos profissionais em troca de clemência.
- Está falando do Sombra.
Zachary, meticuloso, removeu as migalhas das pontas dos dedos.
Sempre fora um homem meticuloso, por hábito e necessidade.
- Em termos hipotéticos.
O Sombra... Spencer esqueceu o calcanhar dolorido e o cansaço da
viagem. Milhões de dólares em jóias haviam sido roubados pelo ladrão conhecido apenas como O Sombra. Há dez anos que Spencer o perseguia,
procurava e nada descobria. Nos últimos 18 meses, a Interpol intensificara as investigações, chegando a ponto de contratar um ladrão para pegar um ladrão: Zachary Efron, o único homem que Spencer conhecia cujos feitos superavam os do Sombra. O homem em quem confiara, pensou Spencer, com um súbito acesso de fúria.
- Você sabe quem ele é. Isso mesmo, sabe quem ele é e onde
podemos encontrá-lo. - Stuart pôs as mãos em cima da mesa. - Dez anos! Há dez anos que estamos atrás desse homem. E há muitos meses que você é pago para descobri-lo, mas nos deixou na ignorância! E sabia sua identidade e paradeiro durante todo esse tempo!
- Talvez eu soubesse. - Zachary abriu os dedos longos de artista. -
Talvez não.
- Tenho vontade de trancá-lo numa cela e jogar a chave no Tâmisa.
- Mas não vai fazê-lo, porque sou como o filho que você nunca teve.
- Não se esqueça de que tenho um filho!
- Não como eu. – Zachary inclinou a cadeira para trás. - Estou propondo o mesmo negócio que fizemos há cinco anos. Você teve a visão necessária na ocasião para compreender que contratar o melhor tinha nítidas vantagens sobre perseguir o melhor.
- Você foi incumbido de pegar esse homem, não de negociar por ele.
Se sabe um nome, quero esse nome. Se tem uma descrição, quero ouvi-la. Fatos, Zachary, não propostas hipotéticas.
- Você não tem nada - declarou Zachary, abrupto. - Absolutamente
nada, depois de dez anos. Se eu sair deste quarto, continuará a não ter nada.
- Terei você. - A voz de Spencer era bastante incisiva para fazer com
que Zachary contraísse os olhos. - Um homem com seus gostos acharia a prisão muito desagradável.
-Ameaças?
Um calafrio breve, mas muito real, percorreu a pele de Zachary. Ele
cruzou as mãos. Manteve os olhos sob controle, apegando-se à certeza de que Stuart apenas blefava. O que não acontecia com Zachary.
- Já esqueceu que recebi clemência? Foi esse o acordo.
- Mas é você quem está mudando as regras agora. Dê-me o nome,
Zachary, e deixe-me fazer meu trabalho.
- Você pensa pequeno, Stuart. Foi por isso que recuperou apenas
alguns diamantes, enquanto eu consegui muito mais. Se puser O Sombra na cadeia, terá apenas prendido mais uma pessoa. Acha mesmo que poderá recuperar uma fração do que foi roubado nos últimos dez anos?
- É uma questão de justiça.
-Concordo.
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Eeei meninas, como vão fofas?
Que bom q gostaram :D
Comeeentem?
bgs ;*
3 comentários:
INCRIVEL!
Mas uma vez, não tem palavras para descrever o quanto está super ótimo...
UAU . demais amiga. masmo mesmo!
Posta logo, beijos *-*
Amei *--*
''O sombra'' adorei (:
esse Blog esta incrível
posta mais =D
amei
Magnifico!!
Eu ri muito com "O sombra" é que na minha sala tem um menino com esse apelido hahahahahahaaha.
Eu estou adorando esse lado do Zac "Homem misterio" huashuashuas
Posta logo!
Beijoooo!
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