domingo, 22 de agosto de 2010

Capitulo 2 – Parte 2

O amor aflorou primeiro, num ímpeto frustrado, que ela reconheceu,
mas era jovem demais para compreender. Depois veio o medo que sempre acompanhava de perto o amor que sentia quando via o pai.
                                      
Ele ficaria furioso ao encontrá-la ali, na cama da mãe. Vanessa sabia, porque a conversa no harém era franca, que o pai quase nunca visitava aqueles aposentos, desde que os médicos disseram que Gina não teria mais filhos. Vanessa pensou que talvez ele quisesse apenas olhar para Gina, porque era uma mulher linda. Mas quando o pai se adiantou, o medo subiu por sua garganta. Depressa, sem fazer barulho, ela saiu da cama e agachou-se nas sombras ao lado.

Abdu Greg, os olhos em Gina, puxou o véu. Não se dera ao trabalho de fechar a porta. Ninguém ousaria incomodá-lo.

O luar iluminava os cabelos de Gina, realçava-lhe o rosto. Ela
parecia uma deusa, como na primeira vez em que Abdu Greg a vira. O rosto ocupara a tela, em sua beleza deslumbrante, irradiando sexualidade. Gina Hudgens, a atriz americana, a mulher que os homens ao mesmo tempo desejavam e temiam, por seu corpo exuberante e olhos inocentes. Abdu Greg era um homem acostumado a ter o melhor, o maior, o mais caro. Desejara-a naquele momento, de uma maneira como jamais desejara outra mulher. Procurara-a, cortejara-a, ao estilo que a mulher ocidental preferia. E a fizera sua rainha.

Gina fascinara-o. Por sua causa, traíra a herança, desafiara a
tradição. Tomara como esposa uma ocidental, uma atriz, uma cristã. Fora punido. Gina lhe dera apenas uma criança... Uma menina.

Ainda assim, ela fazia com que Abdu Greg a desejasse. Seu ventre era estéril, mas sua beleza o provocava. Mesmo quando o fascínio se transformara em repulsa, ele ainda a desejava. Gina envergonhava-o, profanava seu sharaf, sua honra, com sua ignorância do Islã. Mas seu corpo nunca deixara de ansiar por aquela mulher.

Quando cravava sua virilidade em outra mulher, era com Gina que
fazia amor, era a fragrância da pele de Gina que sentia, eram os gritos de Gina que ouvia. Era sua vergonha secreta. Poderia odiá-la só por isso. Mas era a vergonha pública, a filha única que ela lhe dera, que o levava a desprezá-la.

Queria que Gina sofresse, que pagasse caro, assim como ele
sofrera, assim como ele pagara. Abdu Greg estendeu a mão, pegou o lençol e o puxou para o lado.

Gina acordou, confusa, o coração já batendo forte. Viu-o parado ao
lado da cama, na claridade difusa. A princípio, pensou que era um sonho, em que ele voltava para amá-la, como outrora a amara. Depois, viu seus olhos e compreendeu que não era um sonho... E não havia amor.

- Abdu Greg...

Ela lembrou a criança e se apressou a olhar a seu redor. A cama
estava vazia. Vanessa fora embora. Ela agradeceu a Deus por isso.

- Já é tarde...

Gina sentia a garganta tão ressequida que as palavras mal podiam
ser ouvidas. Numa reação de defesa, já começava a recuar, os lençóis de cetim sussurrando em seu corpo, enquanto se enroscava no centro. Ele não disse nada, apenas tirou o roube branco.

- Por favor... - Embora soubesse que era inútil, ela começou a chorar.
– Não faça isso!

- Uma mulher não tem o direito de recusar o que o marido deseja.

Só de contemplá-la, o corpo maduro tremendo contra os travesseiros, Abdu Greg sentia-se poderoso, outra vez no comando de seu destino. Independentemente de qualquer outra coisa que ela pudesse ser, Gina era sua propriedade... Tanto quanto os anéis em seus dedos, os cavalos em seus estábulos. Ele agarrou-a pelo corpete da camisola e a puxou.

Nas sombras, no outro lado da cama, Vanessa começou a tremer.

A mãe chorava. Os dois brigavam, gritando palavras que ela não
podia entender. O pai estava nu, ao luar, a pele escura brilhante com um suor que vinha do desejo, não do calor sufocante. Vanessa nunca vira um corpo de homem antes, mas não ficou transtornada com a cena. Sabia alguma coisa sobre sexo, que a virilidade do pai, que parecia tão dura e ameaçadora, podia ser usada para penetrar a mãe e fazer uma criança. Sabia que havia prazer nisso, que uma mulher desejava aquele ato acima de todo o resto. Na verdade, já ouvira isso mil vezes, em sua jovem vida, porque as conversas sobre sexo no harém eram incessantes.

---
Ta ai o capítulo ;) . bem vou saindo pq acabei de chegar da rua, passei o dia todo fora, e minha cabeça está explodindo de dor :((

beeeeeeeeeeeijos

2 comentários:

Thaís de Souza disse...

Ai amigaa, ta lindo.
Eu adoro essa história de verdade.
è incrivel.
e eu divulguei seu blog ta ... e dessa vez eu te indiquei mesmo!
A divulgação ta no capitulo e não na ultima postagem. k
Poooosta?
beijos, ta incrivel.

Tainá disse...

nossa o capitulo está lindo *--*
eu adoro essa história de verdade.
è incrivel²
super curiosa pra saber o que vai acontecer *-*
posta mais =D
bgs;