domingo, 5 de setembro de 2010

Capitulo 2 – Parte 6

Junto com os véus, as mulheres também descartavam seu silêncio. Passaram a conversar sobre crianças, sexo, moda e fertilidade. Em poucos minutos, o harém, com os lampiões suaves e almofadas macias, era preenchido pelo incenso e o perfume forte das mulheres.

Por causa de sua posição, Vanessa recebia as convidadas com um beijo em cada face. O chá verde e o café temperado eram servidos em  pequenas e frágeis, sem alça. Havia tias e primas, uma vintena de princesas menores, que exibiam com igual orgulho, como mulheres, suas jóias e suas crianças, os dois grandes símbolo do sucesso em seu mundo.

Vanessa achava-as lindas em seus vestidos compridos, farfalhando a todo instante, cor competindo com cor. Por trás dela, Gina usou que era um desfile de moda apropriado ao século XVII. Aceitou os olhares compadecidos lançados em sua direção com a mesma expressão estóica com que recebia os olhares presunçoso. Sabia muito bem que era a intrusa ali, a mulher do Ocidente que não fora capaz de dar um herdeiro a seu rei. Não tinha importância, disse ela a si mesma, se a aceitavam ou não. Desde que fossem gentis com Vanessa.
Nesse ponto, é verdade, não podia encontrar qualquer senão. Vanessa era uma delas, como a mãe nunca poderia ser.

Todas se lançaram famintas sobre o bufê, provando de tudo. Usavam os dedos com a mesma freqüência das colheres de prata. Se ficavam gordas demais para seus vestidos, compravam outros. Era fazer compras, pensou Gina, que fazia as mulheres árabes agüentarem seu dia, assim como era a pílula rosa que a ajudava a suportar aquela vida. Nenhum homem que não fosse marido, pai ou irmão poderia vê-las naquelas roupas. Quando deixavam o harém, tornavam a vestir o manto preto, cobriam o rosto com o véu, escondiam os cabelos. Fora daquelas paredes eram aurat, coisas que não podem ser mostradas.

E que jogos elas faziam!, pensou Gina, cansada. Com sua hena, perfumes e anéis nos dedos. Podiam pensar que eram felizes", quando até mesmo ela, que não mais se importava, percebia o tédio em seus rostos. Ela pediu a Deus que Vanessa nunca exibisse aquela expressão.

Mesmo aos cinco anos de idade, Vanessa já tinha equilíbrio suficiente para cuidar que as convidadas se divertissem. Falava em árabe agora, a voz suave e musical. Vanessa nunca fora capaz de dizer à mãe que falava o árabe com mais facilidade do que o inglês. Pensava em árabe, até mesmo sentia em árabe. Muitas vezes, pensamentos e emoções tinham de ser traduzidos para o inglês antes que pudesse comunicá-los à mãe.

Sentia-se feliz ali, naquela sala, povoada por vozes femininas, por perfumes de mulher. O mundo de que sua mãe falava, de vez em quando, não passava de um conto de fadas para ela. A neve era apenas uma coisa que flutuava dentro de uma bola de vidro.

-Duja Ashley!

Vanessa correu pela sala para beijar as faces de sua prima predileta. Duja Ashley tinha quase dez anos. Para inveja e admiração de Vanessa, já era quase uma mulher. Duja Ashley retribuiu o abraço.

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Ainda vai demorar um pouco pro Zac e a Vanessa se encontrarem ;((, maaas enquanto isso não acontece, vcs vão conhecendo a vida da Vanessa e da mãe dela em Jaquir...
Maaas achoo q de vez em quando o Zac vai aparecer, não lembro muito bem, pq eu não terminei a adaptação do livro, então, acho q sim...

beeeeeeeeijos..  

3 comentários:

Tainá disse...

que pena que vai demora , mais eu espero hehe'
os dois capitulos está lindo , adorei a sua história e bem diferente das outras que eu já li (:
posta mais =D haha' como sempre eu to curiosa ,
bgs;

MyaH♥ disse...

Lindo é maravilhoso adoro beijos

Thaís de Souza disse...

Que linooooo amiga, quero eles juntinhos e fofinhos logo.
Adooro suas fics, são sempre tão fofas.
E eu me contento com a vidinha dela!
AFÊ.
Mas tudo bem amiga, tomara que ele apareça néah?!!
Posstaaaaa muito rapido, beijos grande floor. ;**